Faz parte da nossa evolução.
- hipocondriaantipol
- 11 de nov. de 2014
- 3 min de leitura
Por Daniel Pires

Olá a todos! A pedido de pessoas muito queridas, eu vim dar um depoimento sobre comer ou não comer carne. No entanto, eu não gostaria de vir aqui e dar aqueles depoimentos com discurso pronto listando vários motivos para não comer carne.
Não vim aqui para falar que não como carne há muitos anos e me sinto muito bem. Não vim aqui para dizer que é cientificamente comprovado que o consumo de carne vermelha contribui para o surgimento de várias doenças. Não vim aqui para dizer que a produção de gado e outros animais causam grandes impactos ambientais. Não vim aqui para dizer que dois terços da soja plantada no mundo é utilizada para alimentar o gado. Não vim aqui para dizer que hordas de espíritos atrasados e desequilibrados alimentam-se (da energia obviamente) do sangue dos matadouros, energizando-se para cometer atrocidades. Não vim dizer que a carne cria bloqueios energéticos nos corpos espirituais impedindo o uso de energias sutis e ligando os seres humanos aos desejos e sensações mais básicas da natureza.
Não vim dizer nada disso. Se alguém se interessar por estes assuntos, existem milhares de livros e artigos publicados, milhares de sites, blogs e comunidades na internet que falam sobre assunto com clareza, espiritualidade e cientificidade.
Assista >> ‘Dez documentários que irão mudar sua vida’
Eu, por minha vez, não como carne pela simples comoção que sinto quando sei que um animal indefeso foi criado e morto para que nós, seres humanos evoluídos e racionais, nos deliciemos com sua carne sangrenta. Isso para mim já basta, não preciso entrar em detalhes dos prejuízos que a alimentação carnívora traz para os humanos. O simples sofrimento – completamente desnecessário e prejudicial – do animal já é motivo suficiente para assumir a alimentação vegetariana e uma postura de defesa aos animais.
Ainda assim, algumas pessoas me perguntam: E as plantas? As plantas também são seres vivos, as plantas também são mortas para servir de alimento. Eu respondo que sim. As plantas são seres vivos e são mortas para servir de alimento. Posso responder também que as plantas não têm sistema nervoso e não sentem dor. Que as plantas ainda não entraram no campo das emoções e não registram o sofrimento (não na forma que os animais sentem) na sua contraparte espiritual. Mesmo assim, ainda são seres vivos e quem sabe, um dia, deixaremos de matá-las para nos alimentar. Sinceramente, espero que sim, mas até lá, ainda continuarei consumindo vegetais, crente que faço o máximo que posso para causar o mínimo de sofrimento nos seres vivos da terra. Porque é isso o que devemos fazer, não é? Fazer o que a gente pode. Fazer aquilo que esta dentro do nosso alcance para nos tornarmos seres melhores e mais equilibrados, distantes das imperfeições e daquilo que nos prende à materialidade.

Dessa forma, acredito que a alimentação vegetariana não é o ponto final da salvação e evolução do ser humano, seja no âmbito espiritual, intelectual e físico. A alimentação sem carne é um grande passo para a evolução daquele que procura o desenvolvimento intimo. Obviamente não é o único, sendo importante lembrar que o aprimoramento moral é o caminho principal para uma sociedade mais justa e um mundo melhor, e que para isso há uma série de passos a serem dados. Assim, acredito profundamente que deixar de devorar os animais, sem levar-se pelo modismo e caprichos da sociedade, é sem dúvida um importante ganho de moralidade, um grande passo que sedimenta aquilo que temos de melhor dentro de nós, aquilo que podemos externalizar, transmitir ao mundo e a nossa querida natureza como um ato de amor. A alimentação sem carne é um ato de amor, respeito e reconhecimento à natureza que tanto nos dá e que tanto nos serve e nos ajuda.
Daniel – Biólogo
O Vista-se fez uma postagem muito bacana que explica direitinho como funciona a dor, as diferenças fundamentais entre plantas e animais (lembrando que nós, humanos, também somos animais), e discorre sobre o estudo de Cleve Backster. Ir para o Vista-se.
Acesse: Mas e as plantas não sentem dor?
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